Três pessoas diferentes e que têm seus caminhos cruzados por um acaso e a história não poderia ter desenrolado de um jeito mais emocionante e envolvente.
Nessa trama, vamos conhecer Jeanne, uma mulher de 74 anos que perdeu o grande amor de sua vida. Agora, ela precisa encarar a sua nova realidade, mas se vê sozinha no apartamento com quem compartilhou décadas. Então, ela decide que alugar o quarto disponível pode ser um jeito de ajudar nessa sua nova jornada e é quando seu caminho cruza com Théo e Iris.
Théo é um personagem que vivia no carro, mas agora que foi rebocado, ele não tem mais para onde ir. Tudo que ele precisa é desse quarto porque, além de ser bem perto do seu trabalho, é o que seu salário consegue pagar no momento.
E Iris também está desesperada, procurando por um lugar para recomeçar sua vida. O locatário do apartamento em que ela morava solicitou o imóvel de volta sem aviso e agora, sem ter onde morar, ela também precisa ser discreta para que uma pessoa do seu passado não a encontre.
Ambos estão tentando esse quarto, mas acontece que Jeanne tem outro quarto que também pode alugar e assim, os três começam a dividir o apartamento e essa convivência vai despertando muitos sentimentos inesperados e muitas coisas começam a acontecer em suas jornadas.
Esse foi meu terceiro contato com a escrita da Virginie Grimaldi e posso dizer que, mais uma vez, ela soube como conquistar meu coração em trazer uma história cheia de emoção e a importância de criar laços com uma família que escolhemos para nossa jornada.
O que mais me encantou nessa trama, foi como cada personagem estava lidando com alguma situação delicada em sua vida e quando seus caminhos se cruzaram, eles acabaram percebendo que poderiam abrir um pouco mais seus corações e perceberam que é possível recomeçar, independente de tudo que já tenham enfrentado em suas vidas.
Jeannie é uma personagem passando por um processo de luto. Théo está tentando encontrar seu lugar no mundo e Iris tem um passado conturbado. Além das idades bem diferentes e serem completamente opostos, esses personagens se conectaram de uma forma linda, transformando uma amizade inesperada em uma família e mostrando a importância de ajudar o próximo em qualquer situação.
Então, intercalado no ponto de vista de cada um, o leitor consegue entender seus dilemas, entender suas dores, as situações que estão enfrentando, como estão tentando lidar com tudo e em como suas jornadas terem sido cruzadas foi um presente para cada um.
E ao longo dos capítulos, já completamente apegada aos personagens e toda a trama, algo acontece, fazendo com que a gente tenha cada vez mais certeza de que a vida é uma caixinha de surpresas. Que o destino sempre trabalha da melhor maneira possível e que não precisamos encarar a vida sozinhos.
“O que resta de nós” é um livro que conquista demais por ter uma escrita leve, fluída e envolvente. A autora sabe como criar uma trama que instiga a curiosidade, deixa o coração apertadinho nos momentos certos, mas que também traz esperança para tudo que estão enfrentando, assim como é possível superar obstáculos quando não pensamos ser possível.
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Escritora: Virginie Grimaldi
Editora: Gutenberg
Páginas: 272
Ano: 2024
Gênero: romance
Classificação: 16+
SINOPSE
Jeanne perdeu o grande amor de sua vida. Aos 74 anos, precisa encarar uma viuvez dolorida. De repente, viu-se sozinha no apartamento com quem compartilhou décadas de um casamento feliz, só ela e Pierre.
Em suas visitas diárias ao túmulo do marido, ela compartilha sua solidão e seus medos, inclusive o de não conseguir pagar todas as contas sem o salário dele. Para resolver o problema, ela toma uma decisão impulsiva: alugar um dos quartos do apartamento. Mal sai pelo bairro distribuindo folhetos de divulgação e já consegue dois candidatos: Théo, aprendiz de confeiteiro da padaria ali perto, e Iris, uma jovem cuidadora de idosos e doentes.
Théo está ansioso por ter um lugar decente para morar. O carro dentro do qual vivia foi rebocado com todos os seus pertences, e o custo de recuperá-lo é mais alto do que ele pode bancar. Alugar um quarto próximo ao trabalho é a opção perfeita. Iris também está desesperada. Sem aviso prévio, o locatário do apartamento em que morava pediu o imóvel de volta, e ela tem poucos dias para achar um novo teto. Pior: precisa ser o mais discreta possível, para que uma pessoa do seu passado não a encontre.
Jeanne segue sua intuição, desocupa o terceiro quarto do apartamento e recebe Théo e Iris para morarem com ela. A princípio indiferentes uns aos outros, a convivência vai despertando sentimentos inesperados, e assim a solidão dos três pouco a pouco transforma completamente a vida de cada um.
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