Resenha | Alguém por quem lutar, de Jesse Q. Sutanto

terça-feira, 2 de dezembro de 2025

Mulan sabe o que é preciso para fazer sucesso em um mundo masculino, mas, quando se trata de assuntos do coração, ela não sabe de nada.

Jesse Q. Sutanto

Nessa história, conhecemos Mulan, que está prestes a ser promovida a sócia na empresa do pai. Ela precisou trabalhar duas vezes mais, ser três vezes mais inteligente e desenvolver uma postura “casca grossa” para lidar com todos os homens do seu departamento.

Quando seu pai adoece inesperadamente, bem no meio de uma aquisição crucial, ela precisa levar o negócio adiante a qualquer custo; essa compra precisa acontecer. O problema é que a empresa em questão é muito tradicional e só confia o futuro do negócio a outro homem, no caso, ao pai de Mulan.

Sem pensar muito e determinada a ser o orgulho da família, ela conclui que a única solução sensata é fingir ser seu pai. Afinal, como eles só trocaram e-mails até então, Zhou poderia ser tanto um nome feminino quanto masculino. Então, quais as chances de algo dar errado?

O problema é que ela é convidada a passar alguns dias no rancho da destilaria da família, e, quanto mais o tempo passa, mais ela se apaixona por Shang e por sua família, ao mesmo tempo em que se enrola cada vez mais na própria mentira. Agora, dividida entre família, negócios e coração, como Mulan vai lidar com toda essa situação?

Jesse Q. Sutanto

Alguém Por Quem Lutar é o quinto livro da série Meant to Be, em que cada volume apresenta uma releitura de uma princesa da Disney. Todos podem ser lidos de forma independente.

Com a narrativa em primeira pessoa pela perspectiva de Mulan, conhecemos mais da personagem e de como ela sempre sentiu que não era amada o suficiente, imaginando que seus pais desejavam ter um filho, não uma filha. Por isso, sempre fez de tudo para provar que era capaz de conquistar grandes coisas e dar orgulho a ambos.

Ao longo dessa jornada, ela também precisou lidar com o meio corporativo, majoritariamente masculino. E posso dizer que Mulan soube mostrar sua voz, seu potencial e como estava pronta para enfrentar todas as situações que surgiriam em seu caminho.

Quando Mulan decide se passar pelo pai, fica claro que essa não era uma das melhores, nem das mais simples decisões. Mas, para não perder um contrato prestes a ser fechado, foi a solução que encontrou, o que rendeu momentos divertidos, bem característicos da escrita de Jesse Q. Sutanto.

Durante toda a vida, Mulan criou diferentes máscaras: no ambiente corporativo era uma pessoa; com os pais, outra; com a prima e outras pessoas, diferente novamente. Assim, por anos, ela acabou se afastando de si mesma e foi justamente ao fingir ser alguém que não era, mais uma vez, que descobriu sua verdadeira essência.

Esse foi um ponto de que gostei muito na leitura. Porém, em alguns momentos, achei cansativo pelo excesso de repetições. Ao longo dos capítulos, a autora busca enfatizar o empoderamento feminino da Mulan — algo extremamente importante na narrativa —, mas a forma como isso é reiterado diversas vezes acabou me incomodando. Parecia que ela precisava reforçar constantemente o tema, muitas vezes adicionando adjetivos negativos às falas e isso fez com que eu não me apegasse completamente com a narrativa.

Mas, fora isso, Alguém Por Quem Lutar foi uma boa leitura. Da metade para o final, foi quando me envolvi mais com a trama e com o rumo dos acontecimentos. O romance se desenvolve aos poucos, ficando mais em segundo plano, mas ainda assim proporciona aquele quentinho no coração.

Conheça outros livros da série:

👠 Será que é o meu número?, de Julie Murphy;
🌸 Amor entre livros, de Jasmine Guillory;
🎵 A nossa melodia, de Zoraida Córdova;
💇‍♀️ Enrolada em você, de Christina Lauren.

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Jesse Q. Sutanto
Título original: Worth fighting for
Escritora: Jesse Q. Sutanto
Editora: Universo dos Livros
Páginas: 288
Ano: 2025
Gênero: romance contemporâneo
Classificação: 14+

SINOPSE:

Em vias de ser promovida à sócia na firma do pai, Mulan teve que trabalhar duas vezes mais, ser três vezes mais inteligente, e ter a casca infinitamente mais grossa do que qualquer um dos bróders financistas com quem trabalha. E com os pais, que ela teme sempre terem desejado um filho, ela teve que fazer o papel da filha perfeita.

 Por isso, quando seu pai adoece inesperadamente no meio de uma aquisição crucial, ela decide levar o negócio adiante a qualquer custo. Só tem um problema: a empresa familiar em questão só confia o futuro do negócio a Fa Zhou, o pai de Mulan. Então ela faz a única coisa sensata em que consegue pensar: finge ser seu pai.

A mentira é fácil de manter por e-mail, mas então ela é convidada a passar alguns dias no rancho e destilaria da família Li. Quanto mais tempo ela passa caindo de amores (e não apenas na lama) por Shang e pela família dele, mais deseja poder ser apenas ela mesma. Mas quem é ela, realmente? Dividida entre família, negócios e seu próprio coração, como escolher apenas um motivo pelo qual lutar? 

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