Resenha | O cão que seguia as estrelas, de Anna Sólyom

 Já parou para imaginar o quanto um cachorrinho pode mudar a vida de alguém? Como um simples gesto desse animalzinho pode fazer toda a diferença em um momento tão difícil?

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Nessa história, vamos conhecer a vida de Ingrid, uma personagem que está passando por um processo de luto, mas desde que Roshi chegou em sua vida, três anos atrás, ela sente que, desde então, tudo tem ficado um pouco melhor.

Porém, no feriado de Quatro de Julho, ela decide passar na casa do seu irmão, que mora do outro lado do país. Só que Roshi tem medo de fogos e, mesmo que ela o tenha colocado em um lugar seguro, ele se sente assustado com os barulhos e acaba fugindo.

Quando volta para a casa, ela está desesperada e sem saber o que fazer. Começa a procurá-lo por toda a parte, mas tudo parece em vão. Dias e dias se passam e nada de Roshi voltar para a casa. A esperança começa a desaparecer, mas assim como ela quer o encontrar, Roshi também quer ter a sua amada Ingrid de volta e tenta voltar para a casa.

“O cão que seguia as estrelas” é um livro um pouquinho diferente do que costumo ler. Ele é caracterizado como uma ficção de cura, mas posso dizer que ele me surpreendeu muito e acabou conquistando bastante meu coração.

Essa é uma história em que um cãozinho é perdido, mas também em como ele ajudou diversas pessoas ao longo de sua trajetória para encontrar seu caminho de volta para a casa.

Apesar de o livro começar na perspectiva de Ingrid, ao longo dos capítulos a autora Anna Sólyom vai abordando outros personagens, outras perspectivas de pessoas que tiveram seus caminhos cruzados com Roshi e também conhecemos um pouquinho da visão dele.

Acho que esse foi o ponto que mais me conquistou nessa trama: ter a narrativa de Roshi. A gente sempre se pergunta o que passa na cabeça de um animalzinho, né? O que eles estão pensando, como eles estão se sentindo, o que aquele olhar quer dizer… e ver isso enquanto ele tentava encontrar seu caminho de volta, pegou bem forte no meu coração.

Então, essa é uma história de um cãozinho perdido, onde Roshi foi encontrando vários humanos durante seu caminho e, de certa forma, acabou ajudando cada um deles antes de partir novamente. Isso só me mostrou como um cachorro ou qualquer outro animalzinho pode mudar nossa vida; pode nos ajudar em momentos mais obscuros ou quando estamos sem esperança.

Com uma narrativa sensível, abordando nas entrelinhas sobre luto, solidão, lealdade, conflitos familiares e até mesmo superação, essa obra me proporcionou uma leitura muito boa, deixando meu coração apertadinho em alguns momentos e, no final, só afirmou algo que eu já acreditava: que eles são excelentes companheiros para qualquer momento.

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Título original:
Escritora: Anna Sólyom
Editora: VR
Páginas: 264
Ano: 2025
Gênero: ficção de cura
Classificação: 15+

SINOPSE
Depois de anos sem sair da cidade onde leva uma vida tranquila junto de seu cachorro, Roshi, Ingrid aceita passar um feriado com o irmão, que mora do outro lado do país. Companheiro de todas as horas, Roshi viaja com Ingrid, mas, durante as festividades, acaba fugindo assustado com o barulho dos rojões.

Arrasada, Ingrid o procura por toda parte, mas se resigna a voltar para casa sem seu grande amigo. Roshi, porém, não se dá por vencido e inicia uma travessia pelo país na tentativa de voltar para o lado de sua humana.

Nessa caminhada guiada pelas estrelas, ele fará jus a seu nome ― que, no zen-budismo, significa mestre ―, transformando a vida das famílias e almas solitárias que encontra. Enquanto seguimos a jornada de Roshi, aprendemos lições valiosas com sua inteligência e bondade genuínas.

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Resenha | Chocolate quente às quintas-feiras, de Michiko Aoyama

O Café Marble tem apenas três pequenas mesas de madeira e um balcão, mas é ali que os clientes encontram um refúgio de paz nos momentos mais difíceis de suas vidas.

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Uma mulher misteriosa aparece todas as quintas-feiras no café e escreve longas cartas enquanto toma uma xícara de chocolate quente.

Outras mulheres também aparecem ali, como uma executiva bem-sucedida, mas que se sente insegura em seu papel de mãe e uma jovem professa que espera encontrar algum significado em seu trabalho.

E é nessa atmosfera completamente acolhedora do Café Marble que essas três mulheres e outras pessoas irão refletir sobre as palavras não ditas, amor, amizade, medos e escolhas que fizeram na vida.

"Chocolate quente às quintas-feiras" é uma leitura acolhedora, que nos faz refletir sobre questões de nossas vidas, de nos colocar no lugar da personagem e ainda é capaz de ensinar através de suas páginas.

Apesar de ser uma leitura que foge um pouquinho da minha zona de conforto, afinal, essas obras estão sendo caracterizadas como ficção de cura, ainda assim, foi um livro que me deixou bem envolvida desde o começo, querendo entender como a jornada de cada personagem iria acabar.

Muitas vezes nos sentimos perdidos, não sabemos se estamos no caminho certo e até mesmo duvidamos de nossa capacidade, de nossas amizades e dos nossos sentimentos, então é quando precisamos nos reencontrar, encontrar respostas em nós mesmos.

E eu senti que esse livro passou todas essas mensagens, assim como trouxe um quentinho no coração como uma xícara de chocolate quente.

Essa é aquela obra fácil de ser lida, perfeita para qualquer momento do seu dia, principalmente se for para curar uma ressaca literária e, além de trazer várias reflexões, ainda deixa aquela sensação acolhedora no final.

Título original: Mokuyoubi Ni Ha Cocoa Wo
Escritor: Michiko Aoyama
Editora: Arqueiro
Páginas: 160
Ano: 2024
Gênero: ficção de cura / ficção
Classificação: +12 anos

SINOPSE
Escondido à sombra das cerejeiras que margeiam um pequeno rio, o Café Marble tem apenas três pequenas mesas de madeira e um balcão. Mesmo assim, os clientes encontram ali um refúgio de paz.

Uma mulher misteriosa vem todas as quintas-feiras e escreve longas cartas enquanto toma uma xícara de chocolate quente. Uma executiva bem-sucedida se sente insegura em seu papel de mãe. Uma jovem professora espera encontrar significado em seu trabalho.

Envoltas na atmosfera acolhedora do café, essas e outras pessoas refletem sobre palavras não ditas, sobre amor e amizade, sobre medos e escolhas, encontrando nesse lugar reconfortante a inspiração para seguir em frente.

De Tóquio a Sydney, este romance entrelaça doze fragmentos de vida com delicadeza e sensibilidade. Personagens vistos de relance numa cena se destacam em outra como protagonistas; elementos e símbolos ressurgem aqui e ali, conectando histórias numa aquarela de ternura e esperança.

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