Resenha | Minha Querida Paris, de Lucy Diamond

sexta-feira, 7 de novembro de 2025

 Uma jornalista e uma icônica artista terão seus caminhos cruzados para publicar um livro que pode abalar muitas pessoas.

Lucy Diamond


Nessa história, conhecemos Jess, uma personagem de 47 anos que sente que a sua vida estagnou. Quando lhe oferecem um trabalho em Paris, para escrever um livro sobre uma famosa artista, ela sente que é a oportunidade perfeita para recomeçar e mostrar todo o seu potencial.

Por outro lado, conhecemos Adelaide Fox, uma senhora de 80 anos cuja vida foi marcada por grandes escândalos e intrigas. Agora, ela sente que chegou o momento de contar sua história e, quem sabe, se vingar com as revelações que fará.

O problema é que no meio dessa jornada, Jess e Adelaine vão precisar confrontar seus passados — e até mesmo uma à outra —, fazendo com que muitas verdades venham à tona e transformem completamente a trajetória dessas personagens.

Lucy Diamond

Já fazia um bom tempo que não lançava nenhum livro da Lucy Diamond e, quando vi essa obra, fiquei completamente curiosa para conhecer, afinal, o livro passa aquela vibe de "fofoca das grandes" que muda completamente o rumo da história, né?

Então comecei essa leitura querendo descobrir mais sobre essas personagens. A autora nos apresenta uma trama com a narrativa sob o ponto de vista de ambas, que nos envolve em suas vidas, trajetórias e na forma como cada uma lida com seus próprios fantasmas.

Jess é uma personagem de quem gostei bastante: uma mulher 40+ que precisava de um novo começo. Após o divórcio, ela tenta lidar com as filhas adolescentes e com sua própria crise pessoal. Essa jornada em Paris era exatamente o que precisava, pois, além de reviver lembranças de anos atrás, ela pôde reescrever sua própria história.

Adelaide, por outro lado, foi uma personagem com quem demorei a me apegar. Por ser mais velha e ter receio de se abrir com pessoas desconhecidas, ela estava sempre na defensiva — o que acabou, de certa forma, afetando o desenrolar da escrita de sua biografia. Embora tenha aprendido a ver a vida com outros olhos, principalmente por causa da ajuda de Jess, ainda assim não consegui me conectar tanto com ela.

Ao longo da trajetória, muitos segredos são revelados, trazendo boas reviravoltas à trama. Apesar de ter gostado da forma como a autora trabalhou esses elementos, senti que tudo aconteceu de maneira um pouco lenta, o que deixou a leitura um tanto arrastada em alguns momentos. Por isso, não consegui me conectar completamente com a história.

Vale ressaltar que o foco do livro não é o romance. Aqui, a autora quis mostrar a jornada de duas mulheres poderosas, que tiveram suas vidas mudadas e o romance fica em segundo plano, mas que se encaixa muito bem com toda a jornada.

Para mim, Minha Querida Paris foi uma boa leitura. Mesmo sem ter me envolvido totalmente com a trama, é uma história sobre recomeços e reencontros — sobre perceber que sempre podemos dar um novo passo em uma nova jornada, nos abrir para o mundo e não deixar que o passado nos assombre. É possível reescrever a própria história, especialmente quando encontramos pessoas dispostas a caminhar ao nosso lado.


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Lucy Diamond
Título original: I remember Paris
Escritora: Lucy Diamond
Editora: Arqueiro
Páginas: 352
Ano: 2025
Gênero: romance contemporâneo
Classificação: 16+

SINOPSE
Mãe solo e jornalista, Jess Bright sente que sua vida estagnou. Então, quando lhe oferecem um trabalho como ghost-writer em Paris, ela agarra a oportunidade, pois sempre sentiu que havia deixado um pedaço de seu coração na cidade anos atrás.

Jess terá que escrever sobre a icônica artista Adelaide Fox, cuja vida foi marcada por escândalos e intrigas. Agora, se aproximando dos 80 anos, a pintora está pronta para contar sua versão da história – e também se vingar com as revelações que fará.

Em meio a uma relação profissional tempestuosa, Jess e Adelaide precisam confrontar seus passados. Quando vêm à tona casos de paixão, traições terríveis e segredos transformadores, elas percebem que pode haver mais surpresas reservadas do que ousam imaginar...

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