Resenha | Nem te conto, de Emily Henry

Já imaginou ser trocada pela melhor amiga do seu noivo durante a despedida de solteiro? Exatamente com essa situação que a Daphne terá que recuperar-se e recomeçar a sua vida.

Daphne sempre gostou que seu noivo contasse a história de como se conheceram. Era a sua história preferida. Porém, tudo mudou quando, durante a despedida de solteiro, ele e sua melhor amiga da infância perceberam que os sentimentos um pelo outro era maior do que a amizade.

E foi após esse acontecimento marcante em sua vida que Daphne teve que reescrever a sua história. Agora, presa em uma cidadezinha do Michigan, sem amigos e nem família por perto, mas com o emprego dos sonhos em uma biblioteca e dividindo o apartamento com a única pessoa que consegue entender sua situação, o ex da melhor amiga do seu ex, Miles Nowak.

Daphne e Miles conseguem se evitar na maior parte do tempo, porém, quando o convite do casamento de seus ex chega, é quando eles afogam as mágoas, um vínculo de amizade começa a surgir e um novo plano é traçado: eles vão fingir que estão namorando. Seria essa a melhor opção e um novo jeito de Daphne reescrever sua história?

"Nem te conto" foi um livro que me conquistou do começo ao fim!

Sabe o que eu mais amo na escrita da Emily Henry? É como ela consegue escrever romances contemporâneos de um jeito tão incrível, envolvendo completamente o leitor ao longo da trama, fazendo com que se apaixone totalmente pelos personagens e até mesmo se identifique com algumas situações, e ainda traz assuntos importantes ao longo de sua narrativa.

E eu acabei me apaixonado do começo ao fim por essa obra, afinal, em diversos momentos me identifiquei com algumas questões que a personagem enfrentava em seu dia a dia, assim como suspirei em diversos momentos em como esse "namoro de mentirinha" dela com Miles ia se desenrolando e mesmo com suas personalidades opostas, eles tinham uma química indescritível. 

Ver Daphne ter que recomeçar sua vida após tudo que aconteceu, foi uma trajetória que adorei acompanhar. Inicialmente vemos uma personagem perdida com o novo rumo da sua vida, afinal, ela jamais esperava que isso fosse acontecer em algum momento. Mas ao longo da trama, as coisas vão acontecendo e vemos em como ela soube lidar com essa e todas as outras questões que surgiram.

Gostei muito de como a autora desenvolveu Miles. Um personagem que, sem dúvidas, também teve seu coração partido e que lidou com as coisas de uma maneira diferente da de Daphne, mas que ainda assim, é perceptível o coração gigante que tem em sempre ajudar o próximo e sempre se preocupar com as pessoas ao seu redor.

Além de todo esse desenvolvimento que me deixou totalmente encantada, Emily Henry ainda trouxe outras questões nas entrelinhas, como o relacionamento com seus pais. É bem perceptível o quanto algumas questões de seu passado moldaram a sua personalidade e até mesmo algumas de suas atitudes, mas que tudo isso fez com que ela enxergasse além de si mesma.

Então "nem te conto" foi uma leitura que me conquistou de uma maneira única, que mexeu completamente com minhas emoções e me fez refletir sobre muitas coisas, principalmente em como devemos prestar atenção nas pequenas coisas, em valorizar as pessoas que estão em nossa volta e nunca deixar de ser quem realmente somos por ninguém. É importante ter a nossa própria personalidade, o nosso próprio sentimento. Ser quem sempre desejamos e as pessoas vão nos amar exatamente desse jeitinho.

Uma história que recomendo demais para quem ama uma jornada de autodescoberta, recomeços e um romance que tem o poder de deixar o coração quentinho.

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Título original: Funny story
Escritora: Emily Henry
Editora: Verus
Páginas: 448
Ano: 2024
Gênero: romance contemporâneo
Classificação: +16

SINOPSE
Daphne sempre adorou a maneira como seu noivo, Peter, contava a história deles. Como eles se conheceram (em um dia de ventania), se apaixonaram (por causa de um chapéu errante) e voltaram para a cidade natal dele à beira do lago para começar a vida juntos. Ele era muito bom em contar tudo isso... até o momento em que percebeu que estava apaixonado por sua melhor amiga de infância, Petra.

É assim que Daphne começa sua nova história: presa na bela cidadezinha de Waning Bay, no Michigan, sem amigos nem família, mas com o emprego dos sonhos como bibliotecária infantil (que mal paga as contas) e morando no apartamento da única pessoa que consegue entender sua situação, o ex de Petra, Miles Nowak.

Desalinhado e caótico ― e com uma queda por canções de amor de partir o coração ―, Miles é o exato oposto da prática e discreta Daphne, de quem os colegas de trabalho sabem tão pouco que apostam que ela é do FBI ou está em um programa de proteção a testemunhas.

Daphne e Miles conseguem evitar um ao outro na maior parte do tempo, até que um dia, enquanto afogam as mágoas, fazem uma tênue amizade e um plano. Se esse plano envolve a publicação de fotos sugestivas dos dois juntos em aventuras de verão, bem... quem pode culpá-los?

Mas é tudo fingimento, claro, porque não tem como Daphne começar o novo capítulo da sua vida se apaixonando pelo ex da atual noiva do seu ex-noivo... certo?