Tiwa e Said eram melhores amigos, até que algo aconteceu e agora eles não se suportam mais, porém, com as festividades do Eid chegando, as coisas podem ser diferentes.
Nessa história, Tiwa não consegue entender o porquê Said começou a ignorá-la, mas desconfia que seja porque ele começou a estudar em um colégio interno chique e que fica em outra cidade. Então, fingir que não se conhecem parece muito mais fácil, ainda mais que estão bem longe um do outro, porém, agora, um reencontro inesperado no funeral da querida bibliotecária, fica difícil evitar um ao outro.
Como se esse reencontro já não bastasse, Tiwa e Said acabam descobrindo que vão ter que cuidar de Laddoo, o gato que era da Sra. Barnes, a bibliotecária que eles tanto adoravam. Como vão fazer isso? Não sabem, principalmente, que agora não são mais amigos, mas sabem que precisam cumprir essa missão.
Além disso, um incêndio atinge o centro islâmico da cidade, ameaçando todas as festividades do próximo Eid que será organizado pela família de Tiwa. Determinada a fazer com que tudo fique perfeito, ela decide salvar o centro fazendo um baixo assinado para que ele não seja demolido, afinal, várias pessoas frequentam aquele local e, para isso, ela vai precisar da ajuda de Said.
Sabe aquele livro jovem adulto, rapidinho de ler e que traz bastante diversidade em suas páginas? Exatamente assim que foi a leitura de “quatro eids e um funeral”.
Intercalado no ponto de vista de ambos, Faridah Àbíké-Íyímídé e Adiba Jaigirdar souberam como mostrar o que realmente causou para que Tiwa e Said não fossem mais amigos e como eles contornaram tudo isso com o reencontro e tentando reconstruir o centro islâmico.
Outro ponto que gostei dessa leitura foi com relação à cultura. As autoras colocaram toda representatividade da comunidade muçulmana e suas tradições, assim como trouxeram alguns outros assuntos nas entrelinhas, de maneira leve, como racismo e islamofobia.
E gostei de acompanhar a jornada desses amigos que não eram mais amigos, mas que por conta do que descobriram, perceberam que perderam muito tempo e deram uma nova chance para a amizade. Algo que era totalmente impensável para eles, mas que foi importante de diversas maneiras.
Apesar de ter gostado do tema e de tudo o que foi abordado ao longo dos capítulos, senti que alguns acontecimentos demoraram para acontecer e, quando chegou o momento para isso, acabou sendo resolvido rapidamente.
Mas, ainda assim, “quatro eids e um funeral” é uma leitura leve, rapidinha e cheia de representatividade. Um livro que me fez conhecer bastante da cultura, mostrando em como muitas pessoas não se importam com outras religiões e em como é possível mudar muitas percepções com um simples ato.
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Título original: Four eids and a funeralEscritoras: Faridah Àbíké-Íyímídé e Adiba Jaigirdar
Editora: Plataforma 21
Páginas: 320
Ano: 2025
Gênero: jovem adulto
Classificação: 14+
SINOPSE
Tiwa não entende por que Said começou a ignorá-la, mas desconfia que seja porque o garoto foi estudar em um colégio interno chique que fica em outra cidade. Fingir que não se conhecem é muito mais fácil estando longe, e, quando os dois se reencontram no funeral da querida bibliotecária sra. Barnes, evitar um ao outro passa a ser uma tarefa quase impossível.
Para piorar, um incêndio atinge o centro islâmico da cidade, ameaçando as festividades do próximo Eid. Para Tiwa, isso significa perder a chance de reencontrar o pai. Por isso, quando fica sabendo que o prefeito planeja demolir o lugar em vez de reformá-lo, ela decide tentar de tudo para salvar o centro comunitário – mesmo que, para isso, tenha que pedir ajuda a Said. O garoto, por sua vez, enxerga a missão como o projeto de que precisava para se inscrever na faculdade de Artes. Ele só ainda não teve coragem de contar a quase ninguém, nem mesmo aos pais, que sonha em ser artista plástico, não médico.
Ao unir forças para salvar o centro islâmico e cuidar de Laddoo, o adorável gato da sra. Barnes, Tiwa e Said podem ter a chance de reconstruir sua amizade em algo novo.