Resenha | A menina que roubava livros, de Markus Zusak

domingo, 6 de dezembro de 2015

Escritor: Markus Zusak
Editora: Intrínseca
Páginas: 478
Sinopse: "Entre 1939 e 1943, Liesel Meminger encontrou a Morte três vezes. E saiu suficientemente viva das três ocasiões para quem a Própria, de tão impressionada, decidisse nos contar sua história. História que, nas palavras dirigidas ao leitor pela ceifadora de almas no início de A Menina que Roubava livros, "é uma dentre a pequena legião que carrego, ada qual extraordinária por si só. Cada qual uma tentativa - uma tentativa que é um salto gigantesco - de me provar que você e a sua existência humana valem a pena."
Essa mesma conclusão nunca foi fácil para Liesel. Desde o início de sua vida na Rua Hiemmel, numa área pobre de Molching, cidade desenxabida próxima a Munique, ela precisou achar formas de se convencer do sentindo de sua existência. Horas depois de ver seu irmão morrer no colo da mãe, a menina foi largada para sempre aos cuidados de Hans e Rosa Hubermann, um pintor desempregado e uma dona-de-casa rabugenta. Ao entrar na nova casa, trazia escondido na mala um livro, O Manual de Coveiro. Num momento de distração, o rapaz que enterrara seu irmão o deixara cair na neve. Foi o primeiro de vários livros que Liesel roubaria no longo dos anos seguintes."
"Quando viesse a escrever sua história, ela se perguntaria exatamente quando os livros e as palavras haviam começado a significar não apenas alguma coisa, mas tudo." (pág. 31) 
 A Menina que Roubava Livros é narrado pela Morte. Liesel torna-se protagonista de uma história contada pela Morte. Em escrita às vezes sarcástica e bem descritiva, a Morte percorre a trajetória da jovem durante a Segunda Guerra, contando, também, a sua própria relação com o período de guerras e as tantas almas que levava.

Liesel viajava de trem com sua mãe comunista e seu irmão mais novo. Fazia frio e nevava lá fora. Enquanto todos se entregavam ao cansaço de uma viagem de trem, ou mesmo à distração, Liesel vê seu irmão morrer. Assim, de uma hora para outra. Interrompe-se a viagem. Sua mãe e ela enterram o menino no meio do caminho. Liesel, atordoada pelos últimos acontecimentos, ‘pega’ o livro “O Manual do Coveiro” que um rapaz que enterrou seu próprio irmão deixou cair na neve. Seu primeiro roubo. Ela, então, guarda aquele livro de capa preta para si, ainda que não o consiga ler, e segue sua viagem à Munique.
"Uma definição não encontrada no dicionário. Não ir embora: ato de confiança e amor, comumente decifrado pelas crianças." (pág. 37)
Chegando ao destino (onde Liesel seria entregue para uma família que adotava em troca de 'dinheiro'), Liesel conhece sua nova família. Rosa, sua de linguagem e gestos agressivos. Uma verdadeira perita em briga e mal humor. Hans, seu novo pai, um pintor de coração generoso que tem grande habilidade em tocar acordeão. Logo conhece, também, Rudy: seu novo vizinho e colega de turma com quem trava uma sincera, fiel e boa amizade. 
"Pode alguém roubar a felicidade? Ou será que ela é apenas mais um infernal truque interno dos humanos?" (pág. 323)
"Quis que ele arrastasse sua mão e  puxasse para si. Não importava onde a beijasse. Na boa, no pescoço, na face. Sua pele estava vazia para o beijo, esperando." (pág. 448)
Com muito carinho e dedicação, Hans Hubermann, passa a consolá-la durante a madrugada, e ensina Liesel a ler e a escrever. “O Manual do Coveiro” é o primeiro de muitos livros que a garota terá como companhia durante o difícil período da Alemanha nazista.

Outros personagens são importantes na história. Liesel tem uma relação curiosa com a mulher do prefeito da cidade, que a leva para conhecer a biblioteca de sua casa, onde Liesel passa bons tempos lendo livros emprestados de Ilsa Hermann. Mais adiante, a garota ainda passa a dividir seu lar com outra pessoa que a aproximará do ‘mundo das palavras’: Max, um judeu que a família acaba acolhendo, em segredo, em virtude de uma importante amizade entre Hans e o pai de Max.
"As palavras. Por que tinham que existir?" (pág. 452)
Uma narrativa fascinante que te prende do começo ao fim, com considerações emocionantes.

Avaliação: ♥ ♥ ♥ ♥ ♥

3 comentários

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. AMO esse livro <3 É um dos meus favoritos! E adorei o filme também ^^
    Uma ótima narrativa.

    https://cantaremverso.blogspot.com.br/

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  3. Amei o livro...achei sensacional a narrativa ser pela morte...chorei muito e aprendi muito também... também adorei o filme!!!

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