Resenha | Em busca de abrigo, de Jojo Moyes

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Escritora: Jojo Moyes
Editora: Bertrand Brasil
Páginas: 434
Sinopse: "Na noite da Coroação da Rainha Elizabeth II, em 1953, a comunidade de expatriador de Hong Kong se reúne para celebrar o evento com uma festa. Enquanto os convidados tentam ouvir a cerimônia em um rádio antigo, Joy, uma jovem de 21 anos, se apaixona. Menos de vinte e quatro horas depois da festa, ela já está prometida em noivado ao rapaz, mas só tornará a se encontrar com o noivo um ano depois. 
Em 1980, um ato de rebeldia faz Kate, aos 18 anos, fugir do Condado de Wexford, na Irlanda, com sua filha ilegítima. 
Quinze anos mais tarde, Sabine deixa Hackney, o elegante bairro de onde mora, em Londres, para visitar os avós que jamais conheceu e descobre que Wexford parece ter parado no tempo.
Quando Sabine, sua mãe e sua avó voltam a se encontrar, um segredo de família cuidadosamente guardado é descoberto, bem como algumas verdades importantíssimas: o conflito entre o amor e o dever, as escolhas que as mulheres são obrigadas a fazer e o relacionamento entre mães e filhas."
"É claro que nós não somos felizes o tempo inteiro. Nenhum casal é completamente feliz o tempo todo, e se alguém lhe disser que é, saiba que é mentira das grossas." (pág. 108) 
A história é contada sobre a família Ballantyne - avó, mãe e filha. Uma história de amor.

Cada capítulo descreve sobre o presente ou o passado de cada uma. A avó - Joy - nasceu na Irlanda e conheceu Edward - que era um oficial da marinha - e apaixonaram-se. Casaram no prazo de um ano, depois que ele retornou de uma viagem; A mãe - Kate, filha de Joy - mudou-se para a Inglaterra, porque sua mãe não aceitou sua gravidez aos 18 anos e ela não aguentava as regras impostas; A filha - Sabine, filha de Kate - é obrigada passar um tempo com a sua avó na Irlanda e acaba gostando, pois precisava de um tempo longe da mãe.
"Todo mundo tem o seu jeito de ser e, desde que não seja nada pessoal, a gente deve aceitar as pessoas como são." (pág. 137)
"Eu apenas acho que é importante amar as pessoas enquanto as temos junto de nós. Pelo tempo que isso durar." (pág. 140)
Joy foi sempre muito rígida e sempre gostou de regras: tudo em seu devido lugar e horário. Já Kate não colocava regras, mas também não durava em nenhum relacionamento. Sabine sentia vergonha da sua mãe por sempre ser "usada" pelos rapazes e nunca perceber isso. E Sabine era apenas uma adolescente, que gostava de um rapaz. Nada mais. 



Quando ela vai para a Irlanda -  no começo recusou drasticamente para não ir, pois Wexford é uma cidade pequena e que não evoluiu nos últimos anos, mas acaba adaptando-se aos modos de seus avós e ela faz grandes amizades com Annie, senhora H, Thomy e Bobby. São personagens secundários, mas envolventes. 
"Um amor de verdade, (...) capaz de sobreviver aos altos e baixos do destino, como uma espécie de Romeu e Julieta dos anos 50, acima das coisas insignificantes e mundanas. O tipo de amor sobre o qual as pessoas liam em grandes livros, que inspirava canções." (pág. 187)
"E descobri que as coisas não se resumiam a uma só pessoa, à felicidade pessoal de alguém. Era uma questão de não desapontar os outros, de manter os sonhos das outras pessoas vivos." (pág. 285)
A história é muito rica em detalhes, mas ainda faltou algumas justificativas. Detalhou coisas, ao meu ver, desnecessárias e deixou a desejar informações importantes.

O que mais gostei no livro são as reconciliações entre mãe e filha, as demonstrações fraternas de amor. Toda mãe sempre quer o melhor para sua filha, mesmo que ela não perceba isso logo de cara, mas com o tempo, diálogos e a vida acaba ensinando que no final "a nossa mãe está sempre certa."
"-Como é que a senhora sabe que é amor?
- Você simplesmente sabe." (pág. 363)
Avaliação: ♥ ♥ 

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