O quanto nossa vida pode mudar a partir das escolhas que fazemos?
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Nessa história, Patrícia é promotora pública. Sempre acreditou na justiça e seguiu seus planos. Sua vida parecia perfeita: exercia a profissão que amava, tinha um marido com quem compartilhava a rotina... mas tudo mudou em um piscar de olhos.
Após sofrer uma ameaça, Patrícia percebeu que a sua vida não era tão segura quanto imaginava. Ela sempre soube que ser promotora poderia ser arriscado, mas jamais pensou que isso pudesse lhe acontecer. Então, decide que a melhor solução é pedir transferência para a Promotoria do Patrimônio Público.
Mesmo que sua carreira não seja mais tão emocionante, ela entende que, para se manter viva, essa é a escolha mais segura. Porém, sua rotina tediosa ganha um novo rumo quando André, jornalista de uma grande revista, começa a investigar os bastidores de um escândalo de proporções enormes. Nesse momento, Patrícia se vê novamente cercada por documentos, nomes e histórias do passado.
No meio dessas pesquisas, muitas descobertas serão feitas, segredos serão revelados e Patrícia perceberá que tudo isso pode abalar não apenas as estruturas do poder judiciário, mas também a sua própria jornada.
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Além de acompanhar uma personagem que precisou mudar sua rotina por conta das ameaças relacionadas à sua carreira, também encontramos um jornalista em busca de respostas para publicar uma matéria perfeita, sem furos. E percebemos, ainda, que ameaças podem atingir qualquer pessoa envolvida em questões políticas.
Sempre vemos promotores e jornalistas lidando com casos grandiosos e raramente nos perguntamos se isso pode afetar suas vidas pessoais, não é? Esse foi um dos pontos que mais gostei nesta obra, pois ela me fez enxergar além do habitual.
Ao longo dos capítulos, Bettina Muradás nos apresenta uma narrativa cheia de segredos em que, quanto mais se tenta desenterrar acontecimentos, mais revelações vêm à tona e isso pode colocar em risco a vida dos personagens.
Mas, além disso, somos apresentados em segundo plano a uma história de romance. Vemos como, muitas vezes, o trabalho se sobrepõe a tudo e pode abalar profundamente uma relação. Também percebemos que, em certas situações, acreditamos plenamente em alguém, mas essa confiança pode nos surpreender e nem sempre da melhor forma.
O foco da obra não é o romance e confesso que até queria um pouquinho mais de aprofundamento nas questões do coração. Porém, isso não diminui em nada o impacto do que a autora quis abordar. Ela soube conduzir todos os elementos de forma coesa, fazendo com que tudo se encaixasse muito bem.
Com a narrativa em terceira pessoa, acompanhamos a vida de Patrícia e André e como seus caminhos se cruzam por acaso. É um livro que aborda temas políticos, com uma pitada de romance, muitas revelações e segredos capazes de transformar a vida não apenas dos protagonistas, mas também de diversas pessoas e instiga bastante a curiosidade em desvendar todos os acontecimentos.
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Escritora: Bettina Muradás
Editora: Labrador
Páginas: 240
Ano: 2025
Gênero: romance policial
Classificação: 16+
SINOPSE
Patrícia Santos sabia muito bem quem era: uma promotora pública que acreditava na Justiça, uma esposa que amava o marido, uma mulher que seguia um plano. Sua vida parecia trilhar uma estrada segura, até que uma tentativa de assassinato muda tudo. Ao sofrer uma ameaça, é transferida para a Promotoria de Patrimônio Público, onde espera por uma rotina tediosa. Mas o pedido inesperado para ajudar o jornalista André Jardim a investigar os bastidores do escândalo Banestado a coloca novamente diante de documentos, nomes e histórias do passado que podem explicar o presente. À medida que avança nas investigações, ela percebe que sua vida tão bem arranjada, na verdade, era uma fachada. Em uma trama envolvente, A última sentença revela o papel do jornalismo investigativo, a manipulação de informações e as relações cada vez mais profundas entre a mídia e as estruturas do poder judiciário.
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